Assim como no blog Fortaleza Nobre, vou focar no resgate do passado do nosso Ceará.
Agora, não será só Fortaleza, mas todas as cidades do nosso estado serão visitadas! Embarque você também, vamos viajar rumo ao passado!

O nome Ceará significa, literalmente, canto da Jandaia. Segundo o escritor José de Alencar, Ceará é nome composto de cemo - cantar forte, clamar, e ara - pequena arara ou periquito (em língua indígena). Há também teorias de que o nome do estado derivaria de Siriará, referência aos caranguejos do litoral.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pedra Branca



O município situa-se na microrregião do Sertão de Senador Pompeu. O município tem cerca de 40 mil habitantes e 1290 km². Foi criado em 09 de agosto de 1871 - Lei nº 1409.

No local conhecido por Tabuleiro da Peruca - havia uma pedra que chamava a atenção pela sua tonalidade clara, forma e dimensões peculiares. Na primeira metade do século XIX - vaqueiros e viajantes das redondezas - passaram a tomá-la como ponto de referência para seus encontros previamente combinados, ou não. Estes encontros em época remota, reunindo grupos relativamente pequenos, explicam a origem do nome do município de Pedra Branca.


Na região situada em torno do marco - representado pela pedra alva - foi fundado um povoado que rapidamente evoluiu em termos populacionais a partir da construção da capela de São Sebastião. No dia 20 de outubro de 1854 - como decorrência da Lei de Nº 883 - o povoado que já se mostrava devoto ao mesmo padroeiro do Rio de Janeiro, foi elevado à condição de distrito do município de Mombaça
No dia 9 de agosto de 1871 a Lei de Nº 1.407, define a criação de novo município com sede no território onde estava situado o povoado de Pedra Branca que a partir daquela data passa a ser qualificado como vila.

Antiga P. Leonardo Mota
Antiga Praça Leonardo Mota - Foto de  Joelson Campêlo

Em 1931, entretanto, o Decreto Nº 193, de 20 de maio, declara extinto o município de Pedra Branca que por meio de um segundo decreto passa a figurar como distrito de Senador Pompeu.
A divergência envolvendo o território pedrabranquense é finalmente dirimida no dia 3 de maio de 1935 (por meio do Decreto de Nº 1540) que restaura, em definitivo, a autonomia política-administrativa de Pedra Branca. A emancipação municipal pedrabranquense é celebrada com base em 9 de agosto de 1871. Portanto, Pedra Branca este ano, completará 140 anos de emancipada. A paróquia local, cujo padroeiro é São Sebastião, foi criada no dia 23 de agosto de 1873, sendo nomeado seu primeiro vigário o Padre João do Nascimento e Sá.

Antiga Praça (decada 90)
Foto da década de 90 -  Joelson Campêlo


Pedra Branca possui uma área territorial de 1.290 KM². Congrega três distritos em seu território: Mineirolândia, Santa Cruz do Banabuiú (Cruzeta) e Tróia. Sua sede está localizada na Serra de Santa Rita, a 500,69 metros de altitude em relação ao nível do mar. Pedra Branca está situada a 261,6 km de Fortaleza.

Vista panorâmica da cidade de Pedra Branca - CE
Foto de  Macílio Gomes

Sua população é superior a 42 mil habitantes. Os dados do Censo do IBGE de 2000 já indicavam, no início do milênio, um contingente populacional de 40.742 habitantes. Agricultura de subsistência – com ênfase para o plantio das diversas espécies de milho e feijão - e a pecuária, constituem as principais atividades econômicas municipais.

Ficheiro:Fortaleza2008- 200.jpg
Cachoeira do Inferno  Única cascata natural do Ceará, perene o ano inteiro, encanta visitantes. 

Banho em recanto paradisíaco do Sertão Central é o único do Ceará com queda d´água de janeiro a dezembro

Pedra Branca. Encravada no cume da Serra de Santa Rita, a 587 metros acima do nível do mar, no Sertão Central do Ceará, cercada de mata nativa, a Cachoeira do Inferno é uma das principais atrações turísticas de Pedra Branca, município serrano sitiado a 262 quilômetros de Fortaleza, totalmente inserido na sub-bacia hidrográfica do Rio Banabuiú. Além da beleza geográfica, muito acidentada, o banho de cascata é o único do Estado perene durante todo o ano, garantem os moradores do lugar.


Embora o título do atrativo natural denote algo assustador, basta apreciar a paisagem para perceber a antagônica classificação cuja origem vem da boca das lavadeiras. Outrora caminhavam mais de duas léguas com trouxas na cabeça para enxaguar a roupa dos patrões. O sol escaldante e a longa distância, a passos castigados entre a mata fechada por mais de uma hora, causavam lamentações. Na pressa da tarefa não tinham tempo para desfrutar do banho, do prazeroso lazer.



Hoje, para chegar a esse paraíso, caprichosamente criado pela natureza, são necessários pouco mais de 20 minutos de caminhada. É preciso, porém, um pouco de disposição e do acompanhamento de guias ou de nativos. Parte da trilha é recheada de lajedos.

cidade de Pedra Branca

Poço da Onça — outra atração turística do local — até lá, são aproximadamente mil metros de caminhada. A água do Banabuiú despenca ininterruptamente do paredão natural graças à represa do Açude Trapiá II, situado um pouco mais acima. Desde a construção da barragem, faz quase duas décadas, as águas não param de rolar rio abaixo.

Ainda na área da Cachoeira do Inferno, as quedas d’água do Inferninho, da Maria Pão, das Tábuas e do Cumbo podem ser apreciadas de janeiro a dezembro. Juntas, integram uma área de 90 hectares no curso do rio que nasce a 42km dali, na localidade de Santa Cruz do Banabuiú, no distrito de Cruzeta, divisa com o município de Boa Viagem. Além desses atrativos, a Cachoeira do Urubu e o Buraco do Amor são outras atrações. Mas as águas só rolam por ali no inverno.





terça-feira, 19 de abril de 2011

Russas




Também conhecida como a capital do Vale do Jaguaribe, Terra da Laranja Doce, Terra de Dom Lino. É a sede do 1º Comando e 1º Batalhão Militar; centro religioso com cerca de trinta templos católicos, além de várias outras denominações religiosas; referencial político/admistrativo com a sede da AmuVale (Associação dos Municípios do Vale do Jaguaribe), de equipamentos federais (Receita Federal, Banco do Brasil, do INSS, DNIT, Polícia Rodoviária Federal, substenção da CHESF), do Campus Avançado do Vale do Jaguaribe, do DETRAN, da CREDE 10, do IPEC e da Célula de Saúde; pólo econômico com o desenvolvimento da indústria, serviços e do agronegócio.


 Casa de Dom Lino ou Casa do Bispo na Avenida dom Lino - Foto de Valdimiro Ferreira

 topônomio Russas tem sido alvo de discussão dos principais estudiosos do Ceará. Pode ter sido originado:



  • Pela cor das éguas de um velho fazendeiro nos primeiros anos do povoamento, que possuía éguas cobiçadas e vistosas éguas de cor ruça. Os animais se destacavam pela uniformidade de sua cor encarnada, sendo batizadas de éguas russas(embranquecidas). Esta é a versão mais popular.
  • Da existência no local, de umas pedras brancas de granito com partes pintadas de tinta vermelha. Vistas de longe, se assemelham às éguas russas. Esta é a versão segundo pesquisadores da História.
  • Da reminiscência sentimental de alguma família pernambucana que estabeleceu-se nesta zona e teria dado ao local o nome da sua terra de origem, uma serra com o mesmo nome, localizada no nordeste de Pernambuco.
Originalmente chamou-se Santo Antônio do Ouvidor, depois Sítio Igreja das Russas,São Bernardo do Governador, São Bernardo de Russas e desde 1938, Russas.

Coluna da Hora - Foto de Mauro Angeli
A Coluna da Hora foi construída no ano de 1940, quando era prefeito de Russas o senhor Manuel Matoso Filho. A década de 40 foi marcada, principalmente, pela Segunda Guerra mundial. No Brasil, o Estado Novo de Getúlio Vargas estava em pleno vigor, muito mais preocupado na unidade e industrialização do país. A Coluna da Hora de Russas é um bom exemplo simbólico desta política progressista e industrial, além do relógio, outros serviços públicos foram instalados a partir de 1937, como o Quartel da Força Pública, o Ateneu São Bernardo, a Unidade Educacional Coração Imaculado de Maria, o Hospital de Russas, a Casa de Saúde, Ministério da Fazenda, entre outros serviços institucionais.

Russas é uma das únicas cidades do sertão do Ceará, que originou-se de fortificação militar e localiza-se dentro do então território dos índios Potiguara, Paiacu, Tapairiu, Panati, Ico, Ariu. A região começou a ser colonizada por Portugueses e seus descendentes oriundos da Bahia e Pernambuco a cerca de 1690.

Avenida Dom Lino e Praça Monsenhor João Luís - Foto de GDNunes

No século XVII os índios da região fizeram grande resistência à invasão dos portugueses e suas iniciativas econômicas. Era a chamada Guerra dos Bárbaros. Diante deste cenário é construído em 1701, a primeira fortificação militar no sertão cearense, o Fortaleza Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe. Este núcleo militar, que segurava 150 currais de gado, foi o início de Russas, que depois consolidou-se como entreposto dos vaqueiros que traziam gado do interior para vender no porto de Aracati na época do ciclo da carne de charque. Esses e outros visitantes que passavam pela cidade viam de longe pedras de cor ruça e criaram o termo "terra das pedras" ou "terra das éguas ruças".

“As coisas das quais nos ocupamos na fotografia estão em constante desaparecimento. E, uma vez desaparecidas, não dispomos de qualquer recurso capaz de fazê-las retornar. Não podermos revelar e copiar uma lembrança.”          Henri Cartier-Bresson Foto de Mauro Angeli

A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário começou a ser construída em 1707, por doação de sesmaria, sendo a mais antiga do estado. O rei de Portugal encarregou da definição do terreno o desembargador Cristóvão Soares Reimão. Este dermacou as terras perto do antigo Forte que sucumbiu ao tempo e aos ataques do bravio índio jaguaribano que, apesar de aguerrido, foi sumariamente desaparecendo ou sendo assimilado nas fazendas de criar.

As fachadas dos prédios antigos são obras de arte e técnica. Com diferentes modelos e desenhos tornam mais ricas as construções russanas, registrando o período áureo das diversas atividades econômicas do município de Russas. Entre essas atividades da nossa agricultura encontramos a princípio a criação de gado, seguida pelo algodão, cera de carnaúba e as famosas laranjas de Russas, são alguns exemplos das riquezas naturais que encontramos na economia do município de Russas. Foto de Mauro Angeli

Criação da vila

Desde o século XVIII a população da ribeira do jaguaribe aspirava por autonomia política. A 15 de junho de 1801, o governador da Capitania do Ceará, Bernardo Manuel de Vasconcelos, ordenou ao ouvidor Manuel Leocádio Rademaker que transformasse em vila a povoação de Sítio Igreja das Russas, que ficou conhecida como São Bernardo das Russas. A vila foi instalada em seis de agosto daquele ano. A cidade teve, contudo, a primeira oportunidade de ser elevada a vila em 1766, durante o governo do ministro português Marquês de Pombal.

Centro Cultural - O prédio onde está localizado o Centro Cultural Padre Pedro de Alcântara, foi construída e serviu de moradia por muitos anos da família Maciel. Este patrimônio é um dos mais bonitos do município do município e tem preservado a sua arquitetura original. Com a reforma para instalação do museu, também foi construído um anfiteatro, um Café e o NAEC – Núcleo de Arte, Educação e Cultura, onde funcionam aulas de dança, música e pintura.  Foto de Mauro Angeli

A cidade logo se tornou o centro para onde convergia toda região jaguaribana. Assim foi primeiramente o núcleo militar (com a Fortaleza de São Francisco Xavier que segurava 150 currais), centro religioso (com a construção da Matriz de Nossa Senhora do Rosário de Russas). Depois centro econômico (com forte comércio), político e administrativo cujo território englobaria hoje cerca de 17 cidades.

Fachada e interior da Farmácia Ramalho - O prédio da farmácia Ramalho é um dos mais antigos da cidade de Russas, não se sabe exatamente o ano de sua construção. No ano de 1912 o senhor José Ramalho instalou sua farmácia, nesta casa que pertencia ao seu pai. Localizada ao lado da igreja Matriz, pela Avenida Dom Lino, é um imponente sobrado de linhas arquitetônicas tradicionais da cultura dos russanos. A cadeira de escrivaninha é um símbolo da reflexão, do labor intelectual, da espera pelo reconhecimento, da memória dos nossos antepassados. Essa peça de mobília representa a continuação de um trabalho há muito tempo iniciado em prol do povo russano e que ainda continua presente nos nossos dias, a tradição. Foto de Mauro Angeli

O turismo também é uma das fontes de renda devido aos atrativos históricos/arquitetônicos:

Monumento Obelisco (na praça da Matriz Nossa Senhora do Rosário)
Praça Monsenhor João Luís e Coluna da Hora
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário de Russas
Museu Padre Júlio Maria
Centro Cultural Padre Pedro de Alcântara
Praça da Carnaúba/Estudante
Casa Gondim/Centro histórico da cidade
Mercado Público José Martins de Santiago
Antiga Cadeia Pública e Câmara Municipal/Fórum
Sede do 1º Batalhão Militar
Igreja de São Francisco/Col. Estadual

Colégio Estadual Governador Flávio Marcílio, que completa esse ano 74 anos de existência. A história do Estadual confunde-se, sem dúvida alguma, com a história de Russas, devido à grande importância de tal instituição de ensino.

Igreja São Sebastião e busto de Dom Lino
Casarão e Farmácia Ramalho
Mosteiro dos Jesuítas
Santuário de Nossa Senhora de Fátima
Cemitério Bom Jesus dos Aflitos

Cemitério Bom Jesus dos Aflitos - Arquivo TV Russas

Igreja de São Bento
Associação Atlética e Cultural de Russas
Casa Paroquial
Casa do Padre Edvaldo
Ponte Gov. Virgílio Távora
Auditório Lino Gonçalves
Casa das Irmãs Cordimarianas

e atrativos naturais:
Ilhota, no Rio Jaguaribe, onde foi rodado cenas do filme "Doce de Côco"
Bancos de areia
Balneário das Bombas
Banho do Pedro Ribeiro
Açude de Santo Antônio de Russas, próprio para mergulho
Pedras do Sítio de Baixo/Cipó
Riacho Araibu
Lagoa da Caiçara (Izodi)
Biblioteca Municipal Pedro Maia Rocha

Grande parte das construções antigas do município de Russas ocorreu através do processo de ocupação do Vale do Jaguaribe e da criação de gado. O distrito de Flores orgulha-se por ter preservado seus casarões mais antigos que contam a história dos primeiros moradores que ali se estabeleceram. Mesmo acompanhando o progresso e a modernidade das novas construções, quem visita Flores verá prédios com características originais da arquitetura jaguaribana. Foto de Mauro Angeli

Tal como a cidade de Curitiba (PR), Russas integra seus filhos desejosos de preservar a cultura regional numa academia de cultura: a Academia Russana de Cultura e Arte - ARCA. Dentre as várias manifestações populares, as tradicionais congadas, teve o tempo das cavalhadas, carnaval cultural de rua (pioneiro na região) e do bumba-meu-boi dos quais se destacaram no âmbito estadual o Boi Pai do Campo e o Bumba-meu-boi Russano da localidade rural de São João de Deus. Um fato marcante da vida social e cultural da cidade é a presença de várias bandas e grupos musicais que animam as principais festividades da região. A Banda Municipal Maestro Orlando Leite é considerada uma das melhores bandas de músicas do estado do Ceará. Ainda na música, a cidade abriga conjuntos de M.P.B., chorinho, "rock", forró, pagode, axé, dentre outros.

Nas comunidades rurais de Russas, o fotógrafo capta paisagens, que aos olhos menos atentos, passam desapercebidas. Um verdadeiro espetáculo da natureza. O por do sol no sertão russano é uma surpresa a cada dia, a cada formação das nuvens. O céu por vezes ganha tons vermelhos e amarelos, transformando todo o resto em silhueta que contorna as caatingas, as oiticicas, os juazeiros, os rios e lagoas. A vegetação nativa poetiza a tudo em que se derrama solidão, amor, suspiro, memória da lamparina acesa e dos prazeres da vida no sertão. Foto de Mauro Angeli

Russas é o berço de muitas personalidades da história nacional tal como da atualidade, são eles: - Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, bispo de São Paulo, grande reformador da igreja paulista; - Ministro Manoel Elisário de Castro Menezes, exerceu várias funções na corte imperial brasileira; - Mons. João Luiz de Santiago, líder religioso; - Cel Cordeiro Neto, interventor de Fortaleza, Secretário de Segurança do Estado; - Alberto Santiago Galeno, escritor e ensaísta; - Dom José Mauro de Alarcon Ramalho, bispo emérito de Iguatu; - Francisco Carvalho, escritor, ensaísta um dos maiores poetas brasileiros da atualidade, membro da Academia Cearense de Letras; - Sávio Leão, poeta e músico do Rio Jaguaribe; - José Carlos Matos, teatrólogo; - Henrique José da Silva, cordelista e poeta popular premiado, foi o decano dos cordelistas jaguaribanos; - Luzirene do Cavaquinho, cantora e instrumentista; - Prof. Lindberg Gonçalves, professor, físico e cientista; - José de Arimatéia, o grande Beija-flor, cordelista, cantador, coordenador do Bumba-meu-boi Russano e Mestre da cultura do Vale do Jaguaribe; - Maestro Orlando Leite; - Airton Maranhão, escritor; - Nenzinha Galeno, assistente social, escritora e folclorista, integrante de várias instituições culturais (Casa de Juvenal Galeno); - Liduíno Pitombeira, PhD e maestro; - Josué Costa, a grande promessa do atletismo brasileiro;

Vista do topo do Serrote Pelado - Uma das mais belas paisagens do município de Russas, localizada na comunidade do Cipó, tem, em uma de suas extremidades, uma gruta com marcas da atividade humana que remonta a tempos antiguíssimos. O Serrote Pelado foi o ambiente onde se realizou o curta-metragem “Relatos do Sítio de Baixo”, mostrando que também inspira os jovens talentos de Russas à produção fotográfica e cinematográfica, além da inspiração poética e jornalística. Do alto do Serrote Pelado tem-se uma das vistas mais privilegiadas do Vale do Jaguaribe, assim como, das serras que separam o município de Russas e o estado do Rio Grande do Norte.  Foto de Mauro Angeli

A Trilha do Serrote Pelado - Foto de Mauro Angeli

Igrejinha de Russas - Foto bastante antiga- Nirez


Matriz de Russas -Nirez

Matriz de Russas - Foto de Bazarov

Prédio da Prefeitura Municipal da cidade na Praça Central - Foto de Walter Leite

Avenida Principal - Foto de Walter Leite

Avenidas largas e bonitas - Walter Leite

Lagoa da Caiçara - Foto de Bazarov

Russas na década de 50 - Essa é a Praça Matoso Filho, que fica entre o prédio da Prefeitura e a Igreja Matriz, e representa uma homenagem do povo russano a Manuel Matoso Filho, que governou o município de 2 de dezembro de 1937 a 1945 e foi deputado estadual em 1950. Arquivo Nirez

Russas na década de 80. Na foto, Raimundo Matoso Ferreira, hoje já falecido- Arquivo Nirez

Fotos Pessoais:









Saiba mais


A cidade de Russas possui uma área de 1588,105 km². Situado na região Jaguaribe, este município do estado de Ceará possui aproximadamente 63975 habitantes. Esse município cearense fica na região Nordeste brasileira. A região Baixo Jaguaribe engloba, além de Russas, os municípios de Tabuleiro do Norte, São João do Jaguaribe, Quixeré, Palhano, Morada Nova, Limoeiro do Norte, Jaguaruana, Ibicuitinga e Alto Santo. Quem nasce na cidade de Russas é conhecido por Russano. São João de Deus, Russas, Peixe, Lagoa Grande, Flores e Bonhu são os distritos de Russas. (fonte: IBGE)


Fonte: Wikipédia, http://www.russas.ce.gov.br/


sábado, 16 de abril de 2011

Caio Prado e sua história



A Estação de Caio Prado em 2006 -  "Parece que a estação está fechada, sem uso nenhum, com as aberturas fechadas com alvenaria, apesar da foto ser de 2006" (Ricardo Lane, 01/2008). O prédio é o mesmo desde a inauguração em 1890, se acreditarmos na data da fotografia. 

O Presidente da Província do Ceará, Caio Prado (ao centro do grupo)


Pelo decreto estadual nº 37 de 02 de agosto de 1890, é criado o distrito de Caio Prado, ex-povoado de Cangaty e anexado ao município de Baturité.
O povoado Cangaty nome indígena que significa "Peixe da cabeça boa" (
Uma espécie de bagre de água doce)
 teve sua origem à partir de uma fazenda com o mesmo nome, que era de larga extensão, abrangendo uma área de doze quilômetros.
A mudança oficial do nome Cangaty para Caio Prado, foi em meados de 1940, ocasião da reforma Toponímica que atingiu centenas de localidades brasileiras inclusive Caio Prado.
Caio Prado é uma homenagem póstuma ao Dr. Antônio Caio da Silva Prado, falecido em 1889.
Dr. Antônio Caio da Silva Prado, nasceu em 13 de junho de 1853. Bacharel em Direito, foi nomeado Presidente da Província do Ceará, por Carta Imperial datada de 25 de março de 1888, tomando posse em 25 de abril de 1888, mas veio à falecer em 26 de maio de 1889, não concluíndo o seu mandato.

- Incorporação do distrito de Caio Prado ao município de Itapiúna.
A lei estadual nº 3599, de 20 de maio de 1957, desmembra o Distrito de Caio Prado do Município de Baturité e o incorpora ao Município de Itapiúna.

Emancipação de Caio Prado

Caio Prado, ex-Cangaty, ex-distrito de Baturité e, atualmente, distrito de Itapiúna, localizado às margens do rio Choró e da velha ferrovia, que liga Fortaleza ao Crato. Situa-se nos limites da Microrregião Baturiteense, visto confinar-se, em parte com o município de Quixadá. Já foi município, criado pela Lei N° 6.096, de 19/12/1963, e extinto pela Lei de N° 8.339, de 14/12/1965, antes de ser instalado. Suas origens remontam ao terceiro decênio do centenário trasado: a 1835, mais ou menos.
Caio Prado, ou melhor, Cangaty, nada mais foi, nos seus primórdios, que uma simples fazenda, de reduzida expressão agropecuária, mas de considerável extensão.

(Descrição extraída de passagens do livro Aquele Cangaty de Outras Eras..., de autoria de José Humberto Gomes de Oliveira.)

Primeiros Habitantes
Francisco Cosmo Bezerra, o construtor da Casa Grande foi um Português cujo nome é ignorado, a empleita com o citado mestre limitou-se ao serviço de alvenaria. O madeiramento foi a cargo de Luis Gonçalves, genro de Francisco Cosmo Bezerra, e pai adotivo de Joaquim Bezerra da Rocha, sogro de Luiz Gervásio Pereira Colares.

Primeiras Famílias


As Primeiras Famílias invernantes em Caio Prado foram:
  • Menescal
  • Vilar
  • Furtado
  • Família do Dr. Luís Gonzaga, pai do ex-governador Dr. Stênio Gomes.
Primeiras Professoras
  • Dona Cesarina Bastos
  • Dona Adelaide Maia
  • Dona Belarmina Campos
Igreja 
  • Igreja do Padroeiro São José
Primeiros Padres
  • Pe. Manoel Cândido dos Santos
  • Pe. José Coelho da Rocha
  • Pe. Rocha
  • Pe. José dos Reis
Padre Atual
  • Luciano Lima Verde
Histórico Político

Vereadores eleitos pelo distrito de Caio Prado.
  • Edmilson Silveira Viana
  • Manoel Francelino de Oliveira Filho
  • Luiz Lima Lopes
  • José Evanildo Cunha (Zé Cunha)
  • Carlos Alberto Bezerra (Carlos Candú)
  • Cosme Rodrigues Viana
  • Oscar Moreira Dantas
  • Francisco Sales Vidal
  • Francisco Moreira de Souza (Chico do Rubens)
  • Raimundo Lima Lopes
  • Raimundo Lopes Júnior
Veja algumas imagens históricas de Caio Prado e da antiga "Estrada de Ferro":

Locomotiva Ifocs de 1922, uma das máquinas mais possantes que rodavam nos trilhos cearenses.

Inauguração da Estação de Cangaty em 8 de dezembro de 1890 (atual Caio Prado)

Vista panorâmica da Estação e cidade de Baturité. Foram os atrativos do Maciço que motivaram a primeira Estrada de Ferro no Ceará.

Uma cena de 1888: Ernesto Lassanse, diretor da EFB, e Caio Prado, presidente do Ceará, ao lado de uma das locomotivas da EFB.



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