Assim como no blog Fortaleza Nobre, vou focar no resgate do passado do nosso Ceará.
Agora, não será só Fortaleza, mas todas as cidades do nosso estado serão visitadas! Embarque você também, vamos viajar rumo ao passado!

O nome Ceará significa, literalmente, canto da Jandaia. Segundo o escritor José de Alencar, Ceará é nome composto de cemo - cantar forte, clamar, e ara - pequena arara ou periquito (em língua indígena). Há também teorias de que o nome do estado derivaria de Siriará, referência aos caranguejos do litoral.

domingo, 2 de setembro de 2012

Uruburetama



Por se tratar de uma cidade histórica, Uruburetama apresenta nas histórias contadas por antigos, diversos mistérios. Um desses mistérios relata uma peste que assolou a cidade provavelmente no fim do século XIX ou começo do século XX, não sabendo-se ainda a data precisa. Conta-se da morte de milhares tendo o antigo cemitério não comportado tantos corpos. Esses corpos tiveram de ser enterrados numa vala comum em algum lugar da Serra do Junqueira, nos arredores da sede municipal, não sabendo-se a localização precisa dessa vala. Relata-se que foi dessa época a realocação dos corpos do antigo cemitério, ao redor da Igreja de São João de Uruburetama, para o atual cemitério, após os moradores perceberem a necessidade de um novo cemitério.


Chamou-se inicialmente Serra dos Corvos, Arraial, São João da Uruburetama, São João do Arraial e Arraial. Suas origens, pelo menos no que se refere ao período inteiramente indígena, remontam ao início do Século XVII, consignando-se as primeiras referências em janeiro de 1607, quando por essa montanha erma transitaram os padres Francisco Pinto e Luiz Figueira. Seriam as terras, segundo refere o padre Figueira, aquelas nas quais deveriam estar reunidas todas as pragas do Brasil. Em termos de colonização  essas origens se modificam, passando a oferecer referências cujos registros datam do Século XVIII.


O município situa-se na antiga sesmaria concedida ao capitão-mor Bento Coelho de Morais, em 19 de novembro de 1720.
Essas terras foram doadas ao padre Estevão Velho Cabral de Melo para patrimônio sacerdotal por Manuel Pereira Pinto, tenente-coronel, que as recebera de herança do capitão-mor Bento Coelho de Morais, seu sogro.
Em 1761, surgiu, pela primeira vez, o topônimo "Sítio Arraial", num documento em que o padre Estevão revertia as terras aos seus doadores, reservando para si apenas um quarto de légua.
Em 1878, os padres João Francisco Dias Nogueira e José Tomaz de Albuquerque concluíram a atual igreja matriz graças a doações do povo.
Em 1º de agosto de 1890, pelo Decreto 34, o povoado foi elevado a vila com o topônimo de São João do Arraial. Porém, no ano seguinte, por termo judicial, o município foi extinto e anexado aos municípios de São Francisco (atual Itapajé) e Itapipoca.
Em 28 de julho de 1899, através da Lei 526, o município foi restaurado com a denominação de São João de Uruburetama.
A vila foi elevada à categoria de cidade com a denominação de Arraial em 1931, em virtude do Decreto Estadual 262, de 28 de julho de 1931. No entanto, essa denominação foi substituída pela de Uruburetama em 1938. Na época, o município compunha-se dos distritos: Uruburetama (sede), Curu (atual São Luís do Curu), Natavidade (Cemoaba), Riachuelo (atual Umirim) e Tururu, todos independentes atualmente.
Atualmente o município compõe-se dos distritos da Sede, Santa Luzia, Itacolomy, Retiro, Severino, Canto Escuro, Bananal e Tamboatá.


Os primeiros indícios de evolução política provêm da criação do Distrito da Paz, evento que tem apoio a Lei nº 1.277, de 18 de setembro de 1869, a primitiva denominação. Havia como advento da Lei nº 1.362, de 5 de setembro de 1874, transferindo-a para a jurisdição de São Francisco (Itapajé). Em Lei nº 1.771, de 19 de novembro de 1879, dá-se o retorno do juizado para o Termo de Imperatriz. Retorna ao Termo de São Francisco, conforme Dec-Lei nº 17, de 11 de abril de 1890, criando-se no ano seguinte o próprio Termo Judiciário (1891).
A elevação do povoado a categoria de Vila provêm do Dec-Lei nº 34, de 1º de agosto de 1890, tendo sido instalado a 19  do mesmo mês e ano.

Igreja Matriz  - Gustavo Elienay

Igreja Matriz em Uruburetama - Foto de Fco Edson Mendonça

As primeiras manifestações de apoio eclesial provêm de documento firmado por Pedro José do Monte, datado de 23 de junho de 1824, doando de suas terras trezentas braças em quadro, para construção da capela, cujo orago teria como padroeiro São João Batista. Esse primitivo nicho permaneceu inalterado, pelo menos até que a 31 de agosto de 1843, por decisão do padre Luiz Antônio da Rocha Lima, vigário da Freguesia de São Bento de Amontada, concede-se licença a Manuel Barbosa para angariar donativos em benefício da construção de nova capela. Essa Segunda capela, cuja finalidade seria reconstruir o primitivo templo, adaptando-o igualmente ao assentamento da Igreja-Matriz, logrou-se alcançar o sucesso programado.

Sua população, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010, é de 19 765 pessoas.

"Uruburetama" é uma palavra tupi que significa "terra dos urubus", através da junção dos termos uru'bu ("urubu") e retama ("terra").


Fontes: http://www.ceara.com.br e Wikipédia


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