A pedido de Padre Cícero Romão Batista, primeiro Prefeito de Juazeiro do Norte (na verdade ele foi intendente-nomeado), reúnem-se nesta cidade, em outubro de 1911, chefes políticos de 17 Municípios do Ceará, para instituírem o que ficaria conhecido como o “Pacto dos Coronéis”.
Visava o referido pacto além de outros objetivos os de dar sustentação política no estado ao homem considerado o “dono do Ceará”, Antonio Pinto Nogueira Acióli.
Desse encontro resultou o episódio conhecido como sedição de Juazeiro, quando os Jagunços de Floro Bartolomeu (Braço Militar de Padre Cícero), invadem Fortaleza em 14 de março de 1914 e derrubam o Presidente do Estado, instituído pela política das Salvações, Coronel Marcos Franco Rabelo.
Fora justamente para fazer contra-ponto ao poder dos “Coronéis”, principalmente no Nordeste (e habilmente usados pelo senador gaúcho Pinheiro Machado), que o Presidente Hermes da Fonseca instituiu a “Política das Salvações”, que consistia na troca de comando nos estados, de velhos oligarcas por indicados pelo Presidente.
Na década de 30, dos 1800, o então ministro da Justiça, Padre Diogo Antônio Feijó criou a “Guarda Nacional”; para manter a ordem no país, defender o latifúndio e a monarquia escravista. Formada principalmente por membros da elite agrária, tendo sua maior patente de comando a de “Coronel”. Devido o preço das patentes vendidas pelo governo ser muito alto, só os grandes fazendeiros podiam comprar, e consequentemente ser considerados, “Coronéis”.
Isso aumentou o poder dos latifundiários brasileiros, pois lhes dava o direito de ter sob seu comando uma força militar particular. Estava formada assim a base para o coronelismo no Brasil, evidenciado sobremaneira no Nordeste e principalmente durante a República Velha, (1889 – 1930).
Visava o referido pacto além de outros objetivos os de dar sustentação política no estado ao homem considerado o “dono do Ceará”, Antonio Pinto Nogueira Acióli.
Desse encontro resultou o episódio conhecido como sedição de Juazeiro, quando os Jagunços de Floro Bartolomeu (Braço Militar de Padre Cícero), invadem Fortaleza em 14 de março de 1914 e derrubam o Presidente do Estado, instituído pela política das Salvações, Coronel Marcos Franco Rabelo.
Fora justamente para fazer contra-ponto ao poder dos “Coronéis”, principalmente no Nordeste (e habilmente usados pelo senador gaúcho Pinheiro Machado), que o Presidente Hermes da Fonseca instituiu a “Política das Salvações”, que consistia na troca de comando nos estados, de velhos oligarcas por indicados pelo Presidente.
Na década de 30, dos 1800, o então ministro da Justiça, Padre Diogo Antônio Feijó criou a “Guarda Nacional”; para manter a ordem no país, defender o latifúndio e a monarquia escravista. Formada principalmente por membros da elite agrária, tendo sua maior patente de comando a de “Coronel”. Devido o preço das patentes vendidas pelo governo ser muito alto, só os grandes fazendeiros podiam comprar, e consequentemente ser considerados, “Coronéis”.
Isso aumentou o poder dos latifundiários brasileiros, pois lhes dava o direito de ter sob seu comando uma força militar particular. Estava formada assim a base para o coronelismo no Brasil, evidenciado sobremaneira no Nordeste e principalmente durante a República Velha, (1889 – 1930).
Crédito da fotomontagem: Educacimba
Em consequência das humilhações dos “Coronéis” imposta ao povo nordestino, alguns migraram para lugares como Belo Monte, mais conhecido como Arraial de Canudos, que em 1893 reunem-se, em volta de Antônio Conselheiro, milhares de nordestinos enfrentando a fúria da recém proclamada República, e a desconfiança da Igreja Católica, (sendo posteriormente dizimados por forças da União), ou se juntavam a bandos armados como os de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, imortalizado no filme de Ariano Suassuna, o Auto da Compadecida).
Grandes e pequenos latifundiários (donos de terras improdutivas), os “Coronéis” foram auxílio indispensável à manutenção de poder pelas oligarquias, locais, estaduais e federais, quando eles mesmos não se confundiam com tais. Comprometiam-se com a eleição de determinado candidato, usando para angariar favores e vantagens os votos de seu “curral eleitoral”, (os chamados “Votos de Cabresto”, pois os eleitores votavam em quem o seu chefe, o Coronel, mandava, ou assinava a cédula de votação sem saber às vezes nem em quem estava votando).
Quanto ao voto, na primeira constituição brasileira outorgada, (ou imposta ao povo), em março de 1824 estipulava que o voto seria censitário, ou seja, para votar ou ser candidato o cidadão deveria ter determinada renda anual.
Exemplo:
• Para votar o “cidadão” teria de ter renda anual de cem mil reis.
• Para ser Deputado Federal a renda estipulada era de Quatrocentos mil reis.
• Para ser Senador a quantia estipulada era de Oitocentos mil reis.
Já na primeira constituição republicana ficou estabelecido que o voto não mais seria censitário, passando a ser universal. Todo “cidadão” maior de 21 anos podia votar, (excluindo-se mulheres, analfabetos, mendigos...).
Mas, o voto ainda não era secreto, podendo ser, como era ,manipulado pelos “Coronéis”.
Em luta pela hegemonia política do estado da Paraíba encontrava-se o então Presidente do Estado, sobrinho do ex-Presidente da República Epitácio Pessoa, Dr. João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, ao grupo do “Coronel” Pereira Lima, chefe político da Cidade de São José de Princesa. Fato que confirmava o poder dos “coronéis” no sertão do Nordeste e que culminou tragicamente, em 26 de Julho de 1930, no Recife com a morte do Advogado e Presidente do Estado Dr. João Pessoa. Assassinado na confeitaria Glória pelo também advogado simpatizante do “Coronel” Pereira Lima, Dr. João Dantas.
Foi o assassinato de Dr. João Pessoa o estopim da “Revolução de 30”, a qual completa 82 anos, marco divisor na história política do Brasil...
Santana Junior
"Na campanha política de 2012, (prefeitos e vereadores), muito tem se falado de "coronéis", principalmente acusações mútuas entre a maior "oligarquia"do estado hoje: Família Ferreira Gomes e a Prefeita de Fortaleza, Luiziane Lins. Mas, como começou no Brasil a história do coronelismo? Porque foi tão marcante ao ponto de se traçarem paralelos até hoje? Esse é um artigo de autoria nossa, espero que os meus diletos amigos gostem. Dedicatória especial ao Adriano Duarte e a Leila Nobre (Fortaleza Nobre)."
Agradeço ao amigo Santana Júnior, texto maravilhoso!
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