A localidade anteriormente abrigava uma aldeia de índios Quixelôs. A região era conhecida pelo nome de Telha, fazendo menção a uma grande lagoa de mesmo nome dos arredores, quando os jesuítas chegaram à região a partir de 1707. Depois de lutas de resistências por parte dos indígenas e rendição destes, estes colaboravam com os colonizadores.
Em 1831, povoado da Telha já se tornara tão grande e próspero que foi elevado a freguesia e sua elevação à categoria de Vila ocorreu na forma de Lei nº 553, de 27 de novembro de 1851,quando foi desmembrada do município de Icó e instalada a 25 de janeiro de 1853. Sua elevação à categoria de cidade ocorreu em virtude de Lei Provincial nº 1.612, de 21 de agosto de 1874. Logo após a proclamação da República em 1889, foi nomeado o seu primeiro intendente, Cel.Celso Ferreira Lima Verde.
A primeira estação férrea de Iguatu. Acervo de Alberto Cacá
Casa do Sr. Otaviano Benevides, hoje Caixa Econômica Federal de Iguatu - Acervo de Alberto Cacá
O primeiro prefeito municipal foi nomeado em 1914, Cel. José Adolfo de Oliveira.
O segundo prefeito foi Eduardo de Lavor Paes Barreto - 1915 a 1917.
Um fato curioso na política local é que na primeira eleição para o cargo de prefeito por voto direto, em 1926, o segundo colocado assumiu o cargo a partir de 1 de dezembro. Concorreram ao cargo Dr. Manoel Carlos de Gouvêa (344 votos) e o industrial Otaviano Jaime de Alencar Benevides (542 votos), este considerado inelegível, assume o cargo Dr. Gouvêa até a data de 14 de agosto de 1928.
Iguatú - Arquivo Nirez
Estação férrea de Iguatu, prestes a ser demolida ou transformada - Acervo de Alberto Cacá
Iguatu destacou-se ao longo da história do Ceará por está ao lado da estrada das boiadas, e depois como importante centro produtor de algodão, mas o grande impulso econômico se deu com a expansão da Estrada de Ferro de Baturité até a cidade do Crato. A estação ferroviária de Iguatu foi inaugurada a 05 novembro de 1910. Isso resultou no impulso da economia local com a instalação de hotéis,usinas de beneficiamento de algodão e casas comerciais e a expansão do centro comercial. Com a estação, Iguatu tornou-se o centro econômico da região em detrimento de Icó. Somente a partir de 1910, com o fortalecimento da economia algodoeira a expansão urbana direciona-se para as proximidades da estação ferroviária.
O progresso urbano foi tão significativo tanto que em 1925, foi inaugurado o Cine-Teatro Iguatu, considerado à época como o melhor prédio do gênero no interior do Ceará.
"Carreata" de jumentos - Crédito da foto
Casario de Iguatú em 2004 - Crédito da foto
O aformoseamento urbano verificava-se já pela existência de muitos palacetes e sobrados onde residiam as famílias ricas e influentes na sociedade, principalmente nas ruas Floriano Peixoto, João Pessoa, Epitácio Pessoa e no entorno da Praça da Matriz.
Com a expansão da linha ferroviária até o município do Crato, inaugurada a 09 de novembro de 1926, Iguatu recebe um novo impulso na sua economia e nos aspectos cultural e social, pois a ferrovia permitiu a comunicação mais rápida com o Cariri, próspero e importante centro cultural, político e econômico do sul do Ceará.
Igreja N.S. Perpétuo Socorro - Crédito da foto
Praça da entrada leste de Iguatú - Crédito da foto
No município de Iguatu são inauguradas quatro estações de trem (Sussuaruna, Iguatu, Juguaribe Mirim e Alencar), as quais consolidaram a base econômica do município. A estação foi o terminal da linha da EF Baturité até agosto de 1916, quando ela foi prolongada até Cedro, e no ano seguinte, até Lavras. Por isso, os habitantes de Lavras, mais ao sul, tinham de ir até Iguatu para embarcarem. Hoje é uma das estações operacionais da CFN, atual concessionária do trecho.
Passarela de pedestres - Crédito da foto
Segundo Assis Lima, o prédio sofreu grande reforma em meados dos anos 1970, perdendo suas características originais.
Em 2009, a cidade viu o fim de uma das indústrias de beneficiamento do algodão (CIDAO), que certamente alimentaram os trens para Fortaleza, que transportavam o algodão e o óleo ali produzidos. Foi demolida para dar lugar a uma Universidade (é criado o Campus Avançado de Iguatu da Universidade Regional do Cariri). Seus trilhos e até vagões que existiam até novembro em seus depósitos foram sucateados.
Em uma notícia do início de 2009, a afirmação de que o material ferroviário seria mantido ali: "Dentro do projeto feito pelo Dr. Campelo, está a idéia de deixar a linha férrea que passa dentro da área e dois vagões de trem estacionados dentro da CIDAO como forma histórica de preservação da memória das antigas edificações".
Ponte de chegada da cidade - Crédito da foto
Numa região onde os missionários católicos tentaram envangelizar os nativos, os índios, as primeiras manifestações de apoio eclesial provêm desse trabalho. Em 1746 iniciaram-se as obras da primitiva capela, orago que se dedicou a Nossa Senhora Santana, sendo concluída em 1775 e tendo como subordinante a Paróquia de São Mateus (Jucás). A freguesia, desmembrada da jurisdição anterior, provém do Decreto Provincial de 11 de outubro de 1831 e assentou-se em área central constante de 200x400 braças. Consta como seu primeiro vigário, no período compreendido entre 1832 e 1844, o padre Vicente José Ferreira.
No dia 28 de janeiro de 1961, o Papa João XXIII editou a bula "In apostolicis muneris" criando a Diocese de Iguatu. Sendo seu primeiro Bispo D. José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago, empossado a 4 de fevereiro de 1962.
Fonte: Wikipédia
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